Xangô | Sàngó – Orixá dos Raios, Trovões e do Fogo

Xangô, ou Ṣàngó em Yorùbá, as vezes grafado como Sango, é a divindade dos raios e trovões, sendo seu elemento principal o fogo. Xangô é aquele que representa a realeza e a justiça.
Pela importância e grandeza do Império de Oyó na cultura ocidental africana e durante a escravatura, os adeptos do culto de Xangô acabaram sendo trazidos para o Brasil entre as guerras com o Reino de Dahome e isso influenciou profundamente os cultos e Candomblés de origem nagô-yorubá.

• No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Alaafin de Oyó, sendo filho de Oranian e de Torosi.
• Torosi era filha do Elempê, rei dos Tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian.
• Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde em Kossô, onde os habitantes não lhe aceitavam por conta do seu caráter violento e imperioso. Mas conseguiu impor-se pela força.
• Depois acompanhado de seu povo, migrou para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô, mantendo assim seu título de Obá Kossô, o rei de Kossô.
• Dadá-Ajaká, filho mais velho de Oranyian, irmão de Xangô, reinava em Oyó
• Dadá tinha o caráter calmo e pacífico e não era enérgico como Xangô
• Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se em Igboho durante os sete a nos de reinado de seu irmão.
• Depois que Xangô deixou Oyó, Dadá Ajaká voltou ao trono. Porém diferente do primeiro reinado ele estava mais valente e guerreiro e se virou contra os parentes maternos de Xangô indo atacar os Tapás.
• Há também a versão que Sango se enforcou, se matou, mas essa versão é descartada por alguns pesquisadores que acreditam que essa versão foi implantada por missionários europeus no século XIX interessados em abalar e denegrir o culto de Sango.
• Xangô no aspecto divino permanece sendo filho de Oranian, porém Iyamassê passa ser sua mãe e assim são três as suas esposas. Obá, Oyá e Oxum.
• Xangô é um Orixá atrevido, violento, viril e justiceiro.
• É aquele responsável por castigar os mentirosos, os ladrões e os malfeitores.
• Uma casa atingida pelo raio é uma casa marcada pela ira de Xangô.
• As pedras de raio, edun ará, são emanações de Xangô.
• Xangô também é visto como aquele que expele fogo pela boca.
• O seu símbolo é o machado de duas lâminas chamado de Oxê.
• O número 12 está muito ligado a Xangô, tendo ele 12 ministros.
• Sendo visto também muitas vezes no Candomblé com 12 caminhos ou qualidades.
• O Odú 12 está ligado a ele também.
• O culto de Xangô é muito popular no Brasil e em Cuba.
• No Recife seu nome serve para denominar o conjunto de cultos africanos praticados naquela região.
• Pela simbologia do fogo no culto de Xangô suas festas acabam sendo feitas em torno de uma fogueira devidamente preparada liturgicamente.
• Suas contas são vermelhas e brancas, ou marrom avermelhado e branco.
• Xangô não aprecia o Obí sendo o orogbô seu elemento principal de culto.
• Por Xangô representar a realeza a senioridade no Candomblé é festejada com a roda de Xangô.
• Sua saudação é kawo kabiyesi. (Me permita olhar para vossa majestade)